ESPELHOS NO SAARA
O projeto pode produzir energia suficiente
O projeto pode produzir energia suficiente
para abastecer 15% das necessidades europeias em 2050.
Os números envolvidos são megalômanos. O custo estimado para a conclusão da obra é de 400 bilhões de euros, um valor equivalente a 40% do PIB brasileiro. O sistema de espelhos refletores, redes de transmissão e usinas cobrirá uma área de 6 000 quilômetros quadrados, em países no norte da África. Concluso, o megaprojeto teria uma capacidade instalada de 100 gigawatts. O sistema conseguiria atender a 15% da demanda europeia em 2050. Com ele seria possível produzir energia o bastante para suprir o Brasil por seis meses, ou o equivalente a quatro Itaipus. Seus idealizadores acreditam que, num mundo de crescente escassez energética e de necessidade premente de buscar fontes que não sejam de origem fóssil, são boas as chances de que o plano saia do papel. O investimento ganhou o apoio da chanceler alemã, Angela Merkel, e do presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso.
"O Desertec nasceu de um desafio global de produzir energia limpa e atender às crescentes demandas energéticas no mundo", afirmou a VEJA Gerhard Knies, coordenador da Cooperação de Energia Renovável Transmediterrânea (TREC), fundação que conduziu o projeto. Para construí-lo, seriam empregadas 240 000 pessoas, seis vezes o número de trabalhadores que ergueram Itaipu. Já existem outras usinas de geração de energia a partir do sol no mundo, mas numa escala muito menor. A maior delas se encontra no Deserto de Mojave, na Califórnia. Mas a capacidade do Desertec será 300 vezes superior à dessa usina americana.
A tecnologia será baseada na produção de energia solar por meio de placas fototérmicas. Milhares de espelhos enfileirados refletem os raios de sol para canos que contêm um fluido. No caso do Desertec, será um óleo especial. Esse líquido é aquecido a 100 graus e leva o calor até um reservatório com água. O contato do óleo quente com a água fria libera vapor, que é conduzido a turbinas. A transmissão da energia será feita a partir de tecnologia de corrente contínua em alta-tensão. Os cabos percorrerão uma extensão de até 2 000 quilômetros e cruzarão o fundo do Mediterrâneo.
Até 2050, há ainda um longo caminho a seguir. O principal desafio é, sem dúvida, o financiamento. Estima-se que o valor mínimo para o início das obras seja de 10 bilhões de euros, dinheiro alto em tempos de crise mundial.
Fonte: www.veja.abril.com.br
Comentário:
O Desertec é um projeto criado por um consórcio de empresas que tem a proposta de uma megaconstrução de usinas solares nos principais desertos do mundo. Por causa da grande quantidade de sol e calor que existe nestas regiões, as usinas renderiam energia suficiente para abastecer com abundância outros países, sem falar na grande contidade de emprego que geraria para a construção da obra (na África por exemplo, seria uma grande oportunidade de comércio e emprego). É um projeto grandioso e com grandes expectativas solucionais para o futuro. Mas o único problema é o custo de 400 Bilhões de euros. Teriam que ser retirado muita coisa dos cofres públicos, o que no momento é inviáel.
Mas acredito que se o projeto for iniciado aos poucos, obteremos resultados adiante. Se 1% da superfície do Saara ja abasteriam todas as cidades movidas a energias alternativas do mundo, por que então não começar com um projeto menor? Mesmo que a produção tenha o objetivo de render energia em grande escala, enquanto não for possível concretizá-lo, seria prudente os governos dos países interessados começarem com pequenas obras ou iniciações.
É uma pena que para se obter energia alternativa, tenha que se envestir tanto. É irônico que tenhamos que gastar muito mais para produzir aquilo que gastamos com tanta abundância. Usar e abusar dos recusos naturais não-renováveis como água, petróleo...não sai diretamente do nosso bolso, mas no fundo gastamos muito com a nossa falta de concentização e ignorância.
Postado por: Layla
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