quarta-feira, 7 de abril de 2010

Três novos parques eólicos para o Rio Grande do Sul

 

O deputado federal Afonso Hamm (PP-RS) esteve reunido ontem com o diretor para Desenvolvimento do Grupo Fortuny, da Espanha, Fernando Schwartz Llobera. O encontro aconteceu na Embaixada do Rio Grande do Sul. Durante a reunião, também estava presente o advogado Antonio Zuheir Badra, de Santana do Livramento.


Llobera apresentou ao deputado projeto de construção de três Parques Eólicos no Rio Grande do Sul, localizados nos municípios de Jaguarão, Santana do Livramento e Piratini. Na companhia da governadora do Estado, Yeda Crusius, a representação do Grupo esteve reunida no mesmo dia em Brasília com o Ministro de Minas e Energia, Edison Lobão.


O grupo espanhol tem como objetivo investir em cerca de US$ 800 milhões em parques eólicos no Brasil. No Rio Grande do Sul serão três Parques Eólicos, em Jaguarão, Santana do Livramento e Piratini. Juntos, os três parques teriam capacidade de geração de até 223 megawattes (cerca de 6% da demanda média de energia do Rio Grande do Sul) para serem inseridos no sistema elétrico nacional como energia complementar. O investimento inicial no Estado gaúcho é estimado em US$ 500 milhões e com a possibilidade de aporte de mais de US$ 200 milhões ao longo de 20 anos. As obras deverão começar em 2010, com previsão de término para o ano seguinte. A construção dos parques deverá gerar cerca de três mil empregos diretos e indiretos.


MARCO REGULATÓRIO

Llobera comenta que ainda falta um marco regulatório nacional para a viabilização econômica dos projetos, com a realização de um leilão exclusivo para a fonte eólica a preços atrativos, o que será pleiteado junto ao ministro de Minas e Energia. Por se tratar de uma energia mais cara que a hídrica, os leilões deixam de ter sucesso devido à falta de compradores interessados. Ele comenta que durante a reunião foi proposta a criação de uma comissão de apoio para obtenção desse marco. O grupo, que terá a participação do governo, secretários, ministro e parlamentares, é para verificar qual a política de energia eólica a ser implantada. Na próxima semana deverá ocorrer uma nova reunião para propor a criação da comissão que terá como foco inicial estabelecer o marco regulatório e conseguir a realização de leilões. A venda da energia a ser gerada deve ser efetivada através da disputa em leilões, que são previstos no modelo do setor elétrico nacional.

O diretor informa que está previsto para meados de junho ou julho um novo leilão para fontes alternativas. Portanto, acredita na necessidade do governo federal realizar ainda este ano um leilão específico para energia eólica.


POTENCIAL
O Estado do Rio Grande do Sul irá pleitear junto a Brasília um leilão direcionado para a energia gerada a partir do vento, pressão que também está sendo exercida pela Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEE).


Atualmente, o Ministério de Minas e Energia sinaliza que as fontes alternativas terão que disputar leilões para vender suas gerações. No entanto, o diretor diz que a eólica não tem condições de disputar com a biomassa e com as pequenas centrais hidrelétricas, ela será competitiva em um leilão exclusivo para a fonte eólica.


Na avaliação do deputado Afonso Hamm, esse assunto deve ser tratado com muita seriedade, tendo em vista que o Rio Grande do Sul tem alto potencial para o desenvolvimento da energia eólica. Hamm comenta que a implantação dos Parques irá gerar mais renda e empregos na região a ser favorecida que é deprimida economicamente. O parlamentar salienta que os novos empreendimentos se traduzem em um novo potencial de desenvolvimento para a Metade Sul do Estado e a fronteira.

Fonte: http://www.agenda2020.org.br/integra-noticia.php?id=643
 

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